Entendendo
a codependência como o grupo familiar de usuários e dependentes de substâncias
psicoativas, vejamos algumas
das características:
Negação. A melhor maneira de
começarmos a falar de codependência e suas características é pela “negação”. Quando
um familiar de dependente químico “descobre” que o seu ente querido faz uso abusivo de
drogas (isto geralmente ocorre após cerca de 5 anos da experimentação), ele na
realidade superou um longo processo de negação da doença de seu familiar. Este
tempo todo que ele levou para “descobrir”, na verdade ele levou para “aceitar”,
sempre houve indícios, usava-se a negação para se defendr da dor de encarar seu
familiar fazendo uso de drogas.
O
controle, como uma obsessão familiar sobre o comportamento e bem-estar
do dependente aparece quando o familiar passa a querer controlar o consumo de
álcool ou drogas do outro..
Outro sentimento na codependencia, é a culpa. Para o
familiar do dependente químico é muito difícil distinguir culpa de
responsabilidade. Os pais se perguntam: “Onde foi que eu errei?”. A questão é que ninguém têm culpa alguma pela
escolha do outro em usar a droga.
O
problema da comunicação. E este é um grande problema nas famílias codependêntes:
Falta de assertividade, dificuldade em dizer não, brigas constantes, segredos
de família, duplas mensagens, falta de comunicação honesta, dificuldade em
expressar sentimentos e em discutir problemas.
A necessidade de agradar,
muito presente no perfil codependente, é a maneira que o indivíduo encontra de sentir-se
útil, já que não se sente amado. Com a autoestima muito baixa, acredita que não
é merecedor de amor, mas que poderia agradar aos outros sendo útil e
necessário. Surge assim “a necessidade de ser necessário”.
E os limites? Estes
geralmente disfuncionais sob todos os aspectos, pois, provavelmente, tiveram
dificuldades de impor limites, portanto continuam a não saber durante o uso, o
tratamento e, se não forem tratadas, continuarão assim por toda a vida. Porém,
assim como não sabem impor limites, também não os respeitam. Invadem a vida do
outro, sua privacidade, sempre mostrando o desejo de “cuidar” e “ajudar”.
Autopiedade. Nos recusamos a assumir
a responsabilidade por nós mesmos e assumimos o papel de vítimas. Porém, quando
entendemos que o comportamento de um afeta o do outro, e que há responsabilidade
de ambas as partes, entendemos que não existem vítimas, nem culpados, mas pessoas
responsáveis pelas situações em que se encontram e capazes de mudá-las.
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